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WHO WE REALLY ARE
(English version below)
QUEM REALMENTE SOMOS
documentário e tese de doutorado
Paulo Alberton
Projeto acadêmico
O projeto Quem realmente somos inclui um documentário e uma exegese, que funcionam como argumentos e narrativas complementares, formando uma tese de doutorado para a University of Western Sydney, na Austrália.
Tanto pelo processo de produção do documentário quanto por seu conteúdo, Quem realmente somos está situado numa confluência de complexas narrativas de diáspora e multiculturalismo cujas perspectivas e valores competem entre si.
A exegese dá o canal de TV multicultural australiano (Special Broadcasting Service – SBS) como exemplo de narrativa de multiculturalismo que constrói a identidade poliétnica australiana de cima para baixo, por australianos brancos. Por outro lado, postula que as narrativas contidas nas artes de diáspora africanas, performadas neste documentário pelos participantes, são construídas de baixo pra cima. Enquanto o primeiro tipo narra a identidade étnica preferencialmente em segunda e terceira pessoas, o segundo tende a narrar experiências de negros, refugiados e imigrantes em primeira pessoa.
Neste documentário, portanto, apresenta-se uma narrativa multicultural alternativa à proposta pelo canal público australiano, privilegiando o uso da primeira pessoa.
O filme foi produzido e pós-produzido com o apoio da universidade e finalizado por meio de financiamento coletivo. Assim, trata-se de um trabalho colaborativo entre os participantes e financiado solidariamente com os apoiadores.
As narrativas de diáspora e multiculturalismo mediadas no filme são construídas de acordo com as noções de “manutenção de bordas de identidade” e “orientação cultural a terra de origem”, que constituem o conceito de diáspora formulado por Rogers Brubaker, em seu artigo “The ‘Diaspora’ Diaspora”, publicado em 2005 na revista Ethnic and Racial Studies, v. 38, n. 1, p. 1-19.
Sinopse do documentário
O brasileiro Mestre Roxinho põe em xeque sua visão tradicionalista da África quando se muda para a Austrália, em 2006, e começa a ensinar capoeira angola a um grupo de jovens refugiados africanos numa escola pública em Sydney. Produzido de forma participativa por Paulo Alberton, o documentário acompanha histórias incríveis de imigração e diáspora, que se desenrolam por entre rabos de arraia e versos de rap.
Encontro de diásporas africanas
Entre o início do século XVI e meados do século XIX, milhões de africanos cruzaram o oceano Atlântico e foram vendidos como escravos para os colonizadores portugueses nas Américas. Através dos séculos, para se fortalecer física e espiritualmente e enfrentar sua realidade opressiva, os escravos que vieram para o Brasil criaram a Capoeira Angola, assentada na cultura e na espiritualidade africana. Hoje, séculos depois, a Capoeira Angola atravessa outros oceanos e encontra jovens refugiados africanos na Austrália, curiosamente fechando uma espécie de ciclo, de volta às raízes africanas. As histórias de diáspora que se contam nesse ciclo e outras histórias de imigração, como a do diretor brasileiro, compõem a identidade da Austrália multicultural, onde mais de um terço da população nasceu fora do país.
Sinopse crítica por Diogo Brunner
Talvez o título do documentário de Paulo Alberton já seja seu primeiro grande achado. Uma afirmação ou uma pergunta? Não importa muito, mas ali está contido quase tudo que precisaremos entender acerca dessas imagens. Roxinho é um mestre de Capoeira Angola – um estilo de capoeira mais próximo das tradições e raízes africanas – nascido na Bahia. Imigrou para Austrália para ensinar capoeira para jovens negros africanos, refugiados de seus países devido às condições políticas, sociais e econômicas.
A figura de Roxinho, o personagem central na qual a câmera de Paulo se apoiará para contar essa história, é a encarnação do afro-brasileiro compromissado com suas raízes. Sua relação é de um compromisso extremado, na melhor tradição da luta dos oprimidos. Ele não está lá apenas para ensinar capoeira, ele está ali para criar consciência política em jovens que já estão inseridos num processo de assimilação de outras culturas, processo no qual a própria cultura africana começa a ser deixada de lado em prol de uma guinada no olhar e no comportamento. Guinada essa que visa principalmente a cultura norte-americana, na figura do rap. Esse primeiro – e bastante problemático – embate dará a tônica da relação historicamente contraditória e complicada entre mestres e alunos.
Em determinado momento, vendo a imagem de um Roxinho que sofre ao sentir o desrespeito do seu aluno é impossível não pensar nas relações de educação no Brasil de hoje. E aqui cabe um parênteses. O sofrimento de Roxinho – e de tantos educadores – é não compreender como o oprimido acaba, em determinados momentos, querendo se transformar no opressor, antes mesmo de se libertar daquela condição. Uma relação profunda que só se transforma no processo de luta, de embate, de esclarecimento e comprometimento.
É extremamente necessário salientar a figura do diretor. Paulo é uma espécie de mediador externo, um observador, mas um observador que não se exime de suas responsabilidades ao estar apontando a câmera para uma situação de conflito. É de se destacar a sensibilidade estética nos seus momentos de aproximação e intervenção, quando, por exemplo, resolve mostrar aos alunos o que havia sido filmado até aquele momento – com o intuito de trazê-los para perto (o que é também de grande sensibilidade educativa). Os erros e acertos de ambas as partes. Nesses momentos Roxinho e Paulo representam uma espécie de síntese (realmente pensando num movimento de embate dialético) de um processo de dedicação extrema e de um amor comprometido, fatores que somados à própria luta política, implícita na questão, alteram realidades que poderiam se perder, para sempre, por outros caminhos tortos.
No desenrolar das imagens, podemos pensar, de forma positiva, numa espécie de “vitória parcial”, já que como é sabido a história nunca cessa seu movimento e almejar uma vitória absoluta, nesse contexto, seria cair numa falsa solução ou numa falsa perspectiva. Melhor é entender que a história é cíclica.
Ao final, e como num processo de metalinguagem, temos a própria história de Paulo se confundindo, no mesmo sentido de movimento vital, com o seu objeto. É como se nesse momento de “fim de ciclo” fosse impossível para qualquer um dos envolvidos não repensar suas próprias trajetórias. Não sem certa dose de melancolia (melancolia que não é conformista, mas sim aquela que dá ensejo à transformação) repensar a própria história dentro desse emaranhado de (des)caminhos. Quem nós realmente somos não é apenas uma afirmação (ou pergunta) retórica, é um questionamento profundamente filosófico. Uma sentença da qual todos nós um dia vamos ter que dar conta. E a maneira da qual sairemos disso se dá na forma de como ganharemos a consciência dos olhos atentos. Consciência essa para termos a clareza necessária sobre em quais mestres (e aqui não pensando em pessoas, mas sim em ideias e atitudes) vamos depositar nossas esperanças mais intrincadas.
Roxinho, Paulo, toda equipe envolvida com aquelas crianças não queriam apenas apontar caminhos seguros, queriam mostrar a possibilidade de também caminhar de forma independente, para que também pudessem, eles próprios, descobrirem quem realmente eram, e qual seriam os caminhos para o verdadeiro reencantamento da vida.
EXIBIÇÕES / EXIBITIONS 2015
- 27 de outubro (terça) 19h30
Praça do por do sol
Av Walkir Wergani, 1000
Boiçucanga – São Sebastião
(apoio: Vento Forte e prefeitura de São Sebastião)
29 de outubro (quinta) 19h30
Videoteca Municipal
Rua da Praia, s/n
Centro – São Sebastião
(apoio: Vento Forte e prefeitura de São Sebastião)
5 de novembro 13h30
V Mostra de Antropologia Visual
Cidade Universitária UFPE
Recife-
14 de novembro – 18-20hs
2º TELLAS – Festival Internacional de Televisão de São Paulo
Mostra competitiva – Documentário Longa
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS)
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
Tel: 11 2117 4777
18 de novembro (quarta) 20h – presença do Mestre Roxinho
Lançamento e debate Espaço Cachuera!
R. Monte Alegre, 1094
Perdizes, São Paulo – SP
Tel.: (11) 3872-8113
(apoio: Espaço Cachuera!)
18 de novembro – das 14h as 17h
6º Festival Internacional do filme Etnográfico do Recife
Mostra Outros Olhares – Auditório Antropologia – 13º andar
Universidade Federal do Pernambuco – Recife
- Data a ser confirmada
Espaço Cultural Pés no Chão
R. Macapá, 72
Barra Velha, Ilhabela – SP
Tel.: (12) 3895-8104
- Data a ser confirmada
1º Simpósio Internacional de Capoeira Ginga SocioEducaCultura
(Capoeira como ferramenta de socialização e educação)
Universidade Zumbi dos Palmares
Av. Santos Dumont, 843
Ponte pequena, São Paulo – SP
Tel.: (11) 3325-1000 www.facebook.com/events/609130392557138/
(presença do Mestre Roxinho)
WHO WE REALLY ARE – (English version)
76 minutes collaborative documentary by Paulo Alberton
African Brazilian Master Roxinho comes to Australia in 2006 and starts teaching the art form of Capoeira Angola to a group of troubled young African refugees who go to Cabramatta High School. The school is uncertain of what to make of this program. Some fiercely resist it, arguing it is not helping students improve their behavior and literacy. Others defend it, arguing the program will help African refugees with no prior education to better integrate into Australia. The filmmaker becomes deeply involved with participants as he follows, in a participatory filmmaking style, the unfolding stories of migration and African diaspora that emerge from in between the walls of a multicultural school in the outskirts of Sydney, Australia.
MULTICULTURALISM AND AFRICAN DIASPORA
Capoeira Angola is an art form rooted in the African culture and spirituality that emerged in Brazil during colonisation. It helped slaves strengthen physically and spiritually to deal with the shackles of oppression. Today, centuries later, Capoeira Angola crosses the oceans by the hands of Mestre Roxinho and meets a group of young African refugees who experience learning and behaviour difficulties in a public school in Australia. Although they come from diverse cultures, Roxinho and these young African refugees close a kind of circle back to their African roots, in Australia.
Curiously, the filmmaker is descendent from the race and culture of those who oppressed the African slaves in Brazil. Film production could reproduce a tension of historical dimensions. But complicity unfolds, as in the Australian context, both the filmmaker and the Capoeira Master are ethnic migrants in an English colony.
The film, both in its production process and its screen content, is situated at the intersection of a complex set of narratives of diaspora and multiculturalism that compete in terms of the perspectives and values in which they are constructed and developed. As a story of diaspora, all participants exhibit particular traces of both their routes (their journeys) and their roots (their origins) and they negotiate these through filmmaking and through the diasporic art forms of Capoeira Angola and Rap. Despite coming from very different cultural backgrounds, participants belong to the same multicultural category in Australia.
END CREDITS / CRÉDITOS FINAIS
PRODUCED AND EDITED BY Paulo Alberton
Produced as part of a Doctorate of Creative Arts at the
UNIVERSITY OF WESTERN SYDNEY
KEY PARTICIPANTS
Mestre Roxinho
Mestre Virgílio
Chiara Ridolfi
(Cabramatta High School)
Beth Godwin (Principal)
Brendan O’Byrne (Deputy Principal)
Elisabeth Pickering (Counsellor)
(Students)
Aaron Hakizimana
Abdhari Rashid
Azam Al Mousawi
Bilali Rashid
Chantal Nzeyimana
Charity Bosco
Deborah Johns
Dieme Muhimbirwa
Evelyn Agripa
Evoni Nibigana
Fadi Petto
Gemimah Omari
Grace Abala
Hunkun Bosco
Izahaki Irageza
Joha Kanyamneza
John Wathwei
Jones Ntungwanayo
Kuat Abol
Lewis Hantengimana
Madlina Ken
Makor Makor
Maneenuch Kulawut
Migarit Johns
Miriam Omari
Rama Kayungu
Rita Gawam
Severino Gapawa
Sharmarka Bare
Yohana Abala
Zidonia Mkeshimana
(Capoeira Angola Players in the History Section)
Professor Budião
Rei Tel
UNIVERSITY OF WESTERN SYDNEY
DOCTORATE OF CREATIVE ARTS – ACADEMIC SUPERVISORS
Dr. Maria Angel (Principal)
Prof. Hart Cohen (Co-Supervisor)
PREVIOUS SUPERVISORS
Dr. Cristina Rocha
Dr. Megan Watkins
UWS FILM EQUIPMENT SUPPORT
Department of Communication and Arts
Institute for Culture and Society
OTHER SUPPORTING ORGANISATIONS (2007-2014)
The NSW Service for the Tretment and Rehabilitation of Torture and Trauma Survivors (STARTTS)
Cabramatta High School
Eletric Eye Productions
Input, Arte Sonora
Associação Cultural Cachuera!
Capoeira Angola Cultural Centre Australia (Project Bantú)
Confraria de Textos
Maroubra Beach Yoga
Lunde International Productions
Ancestrais Capoeira – Contra-mestre Gringo
ASSISTANCE IN PRODUCTION (2010)
Alejandra Canales
Isabel Perez
Michele Esteves
Michele Thistlewaite
Lisa Skerrett
PRINCIPAL CAMERA
Paulo Alberton
SECOND CAMERAS
Gerald Lee
Saber Baluch
Young participants
LOCATION SOUND (2009)
Thiago Gallas Pinheiro
TIME-LAPSE AND LOCATION SOUND (2010)
Martin Fox
ANIMATION (2010)
Gerald Lee
SCRIPT AND MONTAGE
Paulo Alberton
SCRIPT CONSULTANT (2014)
Marie Ange Bordas
ASSISTANT EDITORS (2010)
Shayne Comino
Paula Correa
Lisa Skerrett
Gerald Lee
MUSIC PRODUCER (2010)
Basil Hogios
FILM WORKSHOP TUTORS (2010)
Paulo Alberton
Saber Baluch
Claire Chang
Lisa Skerrett
FILM WORKSHOP PHOTOGRAPHER (2010)
Claire Chang
GRADING AND DESIGN (2014)
Patrício Salgado
SOUND MIXING – Feature Documentary (2014)
Input, Arte Sonora
SOUND MIXING – Catarse Trailer (2013)
Diego Depane
TRANSLATION PORTUGUESE – ENGLISH (2014)
Paulo Alberton
Marie Ange Bordas
PORTUGUESE SUBTITLE REVISION (2014)
Confraria de Textos
SONGS
“Regional Break”
Flatmax
“Who We Really Are”
King Kong Brothers
& Harmony Girls
“Life Story”
Jones Ntungwanayo
“Mama”
Rama Kayungu
“Songs played in the classrooms”
Mestre Roxinho
Mestre Virgílio
Mestre Moraes
REFUGEE CAMP ARCHIVE IMAGES
International Association for Refugees (Dzaleka)
Marie Ange Bordas (Kakuma)
CROWDFUNDING CONSULTANTS (2013)
Túlio Kengi Malaspina
Lucas Malaspina
Caio Tendolini Silva
Fernanda Shirakawa
Pedro Carvalho
CROWDFUNDING MARKETING & DESIGN (2013)
Clarissa Pellegrini
CROWDFUNDING SUPPORT
(2010)
Albrecht Sobotta
Anthony Kerr
Ballad Films
Claire Chang
Cristina Rocha
Edel Harrington
Eamonn O’Sullivan
Eliot Pryor
George Pearson
Goldiemedia
Jane Oehr
Jayson Puls
Jérémie Clouet
Josh Milthorpe
Marieken Van Ewijk
Rebecca McPherson
Suzan Dlouhy
(2013)
Acyr Alberton
Alan Oju
Alessandro de Oliveira Campos
Alexandre Afrange
Alexandre Handfest
Alexandre Kawakami
Alexandre Spengler
Altair Douglas Francisco
Amanda Roberts
Ana Luísa Silva Figueiredo
Ana Ogg
Ana Paula Sgobi Monteiro
Andre Outro
Angélica Oliveira
Ari Baiense
Azamar Trindade
Barbara Bnocker
Beatriz Brejon
Bel Borges
Beth Rangel Pinheiro
Bia Sano
Boneca Yayoi
Bra Botelho
Bruna Pacheco
Bruninha Via Piana
Camila Penachioni
Cascudo (Prado Celso)
Ciça Teivelis Meirelles
Cinedelia (André Délia)
Clarissa Pellegrini
Claudia Pucci
Cristina Lopes
Cybelle Young
Cynthia Chalegre
Daniel Dipp
Diéferson Janson
Diego Depane
Egberto Cunha
Elenice Tamashiro
Eliana Veras
Eliane Baitello
Elisa Grinspum
Fábio Erdos
Fernanda de Paula Macedo
Fernanda Galhego
Fernanda Shirakawa
Fernanda Tavares
Fernando Alberton
Fernando Moura
Fernando Puga
Flávio Brant Alvim
Flavio Rosa
Gabi Juns
Geribello De Arruda Botelho
Graciela Foglia
Helena Meidani
Ian Raphael
Iqbal Barkat
Janette Santiago
João Vicente Capello Rezende
Joaquin Lino
Jorge Echevarria
Juliana Lobo
Karla Grünewald Hollamby
Keren Chernizon
Key Sawao
Lara Passos
Leila Trindade Futema
Leonardo Wedekin
Lucas Keese
Lucas Pernambuco
Luís Ribeiro
Malcolm Forest
Marcelo Müller
Marcia Medeiros
Maria Cecília Pellegrini Goes
Mário Di Poi
Marlova Alberton
Mary Ryan
Max Alvim
Michele Schultz
Mônica Cardim
Monika Jun Honma
Paulo Dias
Pedro Ferraz
Pedro Gadiani Ferrarini
Phillipe Trindade
Priscila Paciência
Priscilla Marques Ballarin
Raphael Stoffella
Renata Celani
Renata Reis
Renato Garcia
Rodrigo Guim
Rosane Muniz (Vestindoacena)
Rose Russolo Losacco
Sandra Lapage
Sandra Telles
Sandro Bueno
Sergio Alberton
Sérgio Toledo
Sibylle Peter
Silvia Natal
Silvinha Meirelles
Sofia Amaral Ramos
Solange Cunha
Sonia Tromero
Suzana Olival
Tamiris Gomes Sobral
Thiago Luiz
Thiago Maia
Tiago Pinheiro
Tulio Malaspina
Vanessa Dip
SPECIAL THANKS
Acyr, Marlova and Fernando Alberton
Agostino Marcello
Alejandra Canales
Alfredo Goldbach
Andrew Arestides
Andrew Pike
Celia Tait
Cristina Wulfhorst
David Goldie
Eamonn O’Sullivan
Egberto Cunha
Elen Doppenschmitt
Elizabeth Ban
Elizabeth Faria
Enda Murray
Felipe de Souza
Frederic Mercier Design
Helena Meidani
Janice Pezzoti
Jasmina Bajraktarevic-Hayward (STARTTS)
Jeannie O’Carroll
Jorge Aroche (STARTTS)
Juan Salazar
Juliana Lobo
Katrina Lesaic
Lindi Harrison
Mariano Coello (STARTTS)
Martin Fox
Max Alvim
Megan Wynne-Jones
Mestre Jaime de Mar Grande
Mila Goudet
Mitzi Goldman
Mônica Cardim
Núcleo de Consciência Negra – USP
Pat Fiske
Paul van Bellen
Robert Colman
Rowena Crowe
Sohail Dahdal
Suze Plenkovich
Tom Albinson
Tom Zubrycki